O Sistema Hidroviário Paulista é constituído pela rede de rios navegáveis e potencialmente navegáveis, pelos lagos e reservatórios e pela costa marítima, cujo aproveitamento para navegação e transporte está sendo progressivamente implementado. Diferentes serviços de transporte hidroviário encontram-se em plena atividade no Estado de São Paulo, que conta com um desenvolvido sistema de navegação interior, diversas travessias – marítimas, lacustres e fluviais – e dois importantes portos marítimos, voltados tanto à navegação de longo curso quanto à cabotagem. A atividade predominante é o transporte de cargas na Hidrovia Tietê-Paraná, compreendida no trecho paulista pelos rios Paraná, Tietê e Piracicaba. As barragens de Itaipu, no rio Paraná, de Rosana, no rio Paranapanema, de Água Vermelha, no rio Grande, e de São Simão, no rio Paranaíba, delimitam a Hidrovia Tietê-Paraná e sua configuração como um sistema fechado, sem acesso direto ao mar. Outros rios interiores e de divisas do Estado, de grande importância, integram a rede hidroviária potencial, totalizando 4.166 km de extensão. Estes rios fazem parte do Sistema Viário Nacional, estabelecido pelo Plano Nacional de Viação (PNV), e poderão se tornar vias navegáveis com investimentos para sua adequação a gabaritos de navegação. Também está sendo estudada a utilização de rios na região estuarina de Santos para a navegação comercial. O Sistema Hidroviário Paulista, portanto, tende a ser bastante ampliado, na medida em que intervenções visando à navegabilidade sejam estendidas a outras bacias hidrográficas, estabelecendo-se assim novas rotas de transporte fluvial.